
A logística é um dos pilares estratégicos das organizações modernas, especialmente em um cenário marcado por alta competitividade e consumidores cada vez mais exigentes. Compreender os custos logísticos e buscar constantemente a eficiência operacional é fundamental para garantir entregas ágeis, com qualidade e custos controlados. Dessa forma, a logística deixa de ser apenas um setor de apoio e passa a ter papel direto na rentabilidade e imagem da empresa.
Os custos logísticos representam todas as despesas envolvidas no fluxo de materiais, desde o fornecedor até o cliente final. Eles são compostos por diferentes elementos, como os custos de transporte, armazenagem, estoques, manuseio, tecnologia da informação e administração. Entre esses, o transporte costuma representar a maior fatia, podendo chegar a mais de 50% dos custos totais, dependendo do setor.
A gestão eficiente dos custos logísticos passa pela análise detalhada desses componentes, com uso de indicadores de desempenho (KPIs), como o custo por quilômetro rodado, o custo por pedido entregue, a taxa de ocupação dos armazéns, entre outros. Com esses dados em mãos, o gestor pode tomar decisões mais embasadas, como renegociar contratos, revisar rotas ou até automatizar processos.
Contudo, não basta apenas medir os custos — é preciso também atuar na eliminação de desperdícios, que muitas vezes se escondem em detalhes da operação cotidiana. A movimentação desnecessária de mercadorias, estoques excessivos, transporte sem planejamento e retrabalho por falhas são exemplos de desperdícios que elevam os custos e reduzem a eficiência.
A filosofia do Lean Logistics, ou logística enxuta, propõe justamente atacar esses desperdícios. Inspirada no sistema Toyota de produção, essa abordagem visa gerar valor para o cliente com o menor uso possível de recursos. Aplicações práticas incluem a reorganização do layout do armazém, uso de sistemas para controle de inventário em tempo real, treinamentos da equipe e padronização de processos.
Além da busca interna por eficiência, é essencial observar o que outras empresas estão fazendo. O benchmarking logístico é uma estratégia que permite comparar indicadores, processos e práticas com empresas consideradas referência no setor. Essa análise externa oferece insights valiosos sobre oportunidades de melhoria e inovações que podem ser adaptadas à realidade do próprio negócio.
Existem três tipos principais de benchmarking: o interno, que compara setores ou filiais da própria empresa; o competitivo, que analisa empresas do mesmo mercado; e o funcional, que observa empresas de outros setores que se destacam em alguma prática logística. O benchmarking é uma ferramenta estratégica que incentiva a cultura de melhoria contínua e atualização constante.
Um exemplo de benchmarking aplicado é a análise das práticas da Amazon, referência mundial em logística. A empresa investe pesado em centros de distribuição automatizados, integração de dados e entregas no mesmo dia. Observar essas práticas pode inspirar mudanças viáveis mesmo em empresas de menor porte, como o uso de roteirizadores ou softwares de rastreamento.
É importante ressaltar que a eficiência logística não se resume a reduzir custos a qualquer preço. O foco deve ser o equilíbrio entre economia e qualidade no atendimento ao cliente. Uma entrega mais barata, porém mais demorada ou com maior índice de erro, pode comprometer a reputação da marca e gerar perdas maiores no longo prazo.
Por fim, melhorar a eficiência logística exige um esforço coordenado entre pessoas, processos e tecnologia. A capacitação da equipe, a clareza nos processos e o uso de sistemas inteligentes são passos fundamentais nesse caminho. Ao gerir bem os custos, eliminar desperdícios e aprender com os melhores, as empresas se colocam em posição de destaque no mercado e constroem cadeias de suprimentos mais sustentáveis e eficazes.